Muitas vezes associada ao envelhecimento, a hipertensão arterial se torna uma condição negligenciada por aquelas pessoas com menos idade. Mundialmente, estima-se que 41% dos pacientes do sexo feminino e 51% do masculino desconheça sua condição por falta de diagnóstico.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) revelam que cerca de 30% da população brasileira é hipertensa. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a hipertensão arterial e os perigos da condição que mata mais de 10 milhões de pessoas mundialmente, todos os anos.
A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença crônica responsável pelo aumento excessivo dos níveis da pressão arterial. A condição pode afetar pessoas de todas as idades, inclusive crianças.
Consideramos uma pessoa hipertensa quando mais de uma medição da pressão arterial é maior ou igual a 14 por 9. Níveis acima deste número podem apresentar riscos para o desenvolvimento de diversos problemas cardiovasculares.
Ao circular pelo organismo, o fluxo sanguíneo exerce uma força sobre as paredes dos vasos, que por sua vez oferecem certa resistência à passagem do sangue. São esses movimentos que definem o valor da pressão arterial que vemos nos aparelhos de medição.
O nível de pressão que consideramos normal em uma pessoa é de 120 mmHg de pressão máxima e 80 mmHg de pressão mínima, também chamada de “doze por oito”. No entanto, nem sempre uma pessoa consegue manter esse nível o tempo todo.
Com a maioria dos casos ligada à herança familiar, a pressão alta pode surgir devido a diversos fatores, entre eles genéticos e de estilo de vida. Confira a seguir as principais causas para o surgimento ou o agravamento da hipertensão.
Existem dois tipos considerados principais de hipertensão, denominados pressão alta primária (Tipo 1) e pressão alta secundária (Tipo 2).
Geralmente, a pressão alta só apresenta sintomas com seu agravamento, ou seja, tardiamente, quando há a presença de lesões em alguns órgãos. Os principais sinais da hipertensão arterial são:
Conhecida por ser uma doença silenciosa e assintomática na fase inicial, a hipertensão se torna o principal fator de risco em uma série de doenças como o infarto do miocárdio, derrames, aneurismas arteriais e insuficiências renal e cardíaca.
Por não ter cura, a condição deve ser monitorada pelo próprio paciente 24 horas por dia para se manter controlada. Hipertensos que estão com a pressão desregulada podem sentir dor de cabeça logo ao despertar ou em momentos em que a pressão aumenta subitamente.
Os efeitos da alta pressão arterial a longo prazo podem ser descritos como a perda gradual da visão, levando à cegueira completa em alguns casos, uma vez que a condição pode levar a alterações nas artérias presentes na retina.
Quadros de pressão alta podem ser controlados por meio de medicamentos prescritos por um profissional capacitado. Essa é uma solução permanente, ou seja, o paciente fará uso dos medicamentos pelo resto da vida.
Além disso, o paciente deve estar ciente de que o medicamento apenas ajudará a controlar a pressão e não suas causas e comorbidades.
A principal forma de prevenir o aumento da pressão arterial é manter um estilo de vida saudável e evitar suas causas. Consulte seu médico vascular de confiança e realize check-ups regulares.