Responsável por mais de 400 milhões de casos ao redor do mundo, a diabetes é uma doença que, se não tratada corretamente, pode oferecer vários riscos à saúde do paciente, incluindo o chamado pé diabético, complicação grave causadora de 85% das amputações de membros inferiores na rede pública.
A condição pode estar presente tanto em quadros de diabetes tipo I como em diabetes tipo II não tratadas adequadamente. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre como deve ser o tratamento do pé diabético.
Diabetes é nome dado a uma doença crônica causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio responsável por promover o aproveitamento da glicose como agente energizante para o organismo. Em resumo, a diabetes é caracterizada pelo aumento excessivo dos níveis de açúcar no sangue.
Essa condição pode ser dividida em duas vertentes, o chamado tipo I derivado pela falta total da produção de insulina e o tipo II pela incapacidade da insulina presente no organismo exercer suas funções adequadamente.
Insulina é uma proteína, produzida pelo nosso pâncreas, responsável pela manutenção do metabolismo de glicose (açúcar) no organismo. Pessoas diabéticas podem apresentar uma maior dificuldade na metabolização dessa proteína e precisam passar por um tratamento a fim de normalizar os níveis de açúcar no sangue.
Uma das complicações que um paciente diabético pode sofrer ao longo dos anos por não tratar o problema é a chamada neuropatia diabética, condição na qual desenvolve-se a perda da sensibilidade nas extremidades corporais, como por exemplo os pés.
Essa falta de percepção facilita o surgimento de lesões e feridas na região afetada. Além disso, a diabetes pode prejudicar o processo de cicatrização da pele, tornando mais fácil a infecção de machucados.
Apesar de poderem variar de pessoa para pessoa, alguns dos principais sintomas relatados por pacientes que sofrem com pé diabético são:
Existem alguns fatores de risco que podem aumentar as chances de uma paciente com diabetes desenvolver o pé diabético como por exemplo, já ter tido alguma úlcera, neuropatia periférica, deformidade do pé, doenças vasculares ou estar acima do peso ideal.
O diagnóstico do pé diabético pode ser feito por um médico cirurgião vascular baseado nos sintomas relatados pelo paciente juntamente com os resultados de um exame de ecodoppler.
Após confirmar a condição, o tratamento será iniciado de acordo com a classificação das lesões causadas pela doença. Em casos mais leves, o uso de antibióticos, pomadas antimicrobianas, alterações na dieta e nos medicamentos para o controle da diabetes, bem como a realização da troca diária de curativos nos pés podem ser suficientes para conter a condição.
Já em casos mais graves, pode ser necessária a realização de procedimentos cirúrgicos que eliminem a região afetada pelas úlceras, favorecendo a cicatrização da pele. Caso essa área seja muito grande, a amputação de parte do pé é a melhor saída.
Manter sua glicemia controlada e seus check-ups vasculares em dia pode ser fundamental para prevenir quadros de pés diabéticos. Em caso de dúvidas, marque uma consulta com seu cirurgião vascular de confiança.