Relação entre Anticoncepcionais e Trombose. Uma dúvida comum entre mulheres que já experimentaram o diagnóstico de trombose é se podem ou não continuar com o método anticoncepcional utilizado anteriormente, ou se devem buscar outros meios que não envolvam as pílulas anticoncepcionais propriamente ditas.
O uso de anticoncepcionais após uma trombose é uma questão complexa e depende de vários fatores, incluindo a gravidade da trombose, outros fatores de risco, o tipo de anticoncepcional e a história médica da paciente. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o uso de anticoncepcional por quem já teve trombose.
A trombose é uma condição médica séria em que ocorre a formação de coágulos sanguíneos em alguma veia presente no organismo obstruindo o fluxo de sangue na região. Essa ação pode levar a complicações graves, como, por exemplo, o desprendimento do coágulo, que pode viajar até outros órgãos, como o cérebro ou pulmão, essa última condição é conhecida como embolia pulmonar.
As principais queixas de quem tem trombose são o inchaço, a vermelhidão, sensação de calor e peso, dor e rigidez muscular. No entanto, em alguns casos, a condição pode ser assintomática, atrasando, assim, o diagnóstico.
Os anticoncepcionais orais, também conhecidos como pílulas anticoncepcionais, são medicamentos utilizados por mulheres para evitar a gravidez. No entanto, o que muitos não sabem é que esses fármacos podem aumentar o risco de surgimento da trombose.
Isso acontece pelo simples fato da maioria das pílulas conter estrogênio em suas composições. O estrogênio é um hormônio conhecido por aumentar a capacidade de coagulação do sangue, o que pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos nas veias.
A decisão do uso de anticoncepcional em mulheres que já tiveram trombose deve ser feita com base em uma avaliação médica individualizada e multidisciplinar que contenha médicos ginecologistas e vasculares.
Apesar da recomendação de não utilizar anticoncepcionais que contenham estrogênio na composição, existem outros métodos que podem fazer a função contraceptiva para mulheres que já sofrem com a trombose.
Ao conversar com seus médicos de confiança sobre a possibilidade do uso de outros métodos contraceptivos, algumas opções podem ser indicadas de acordo com uma avaliação individual de cada paciente, entre as mais comuns podemos citar:
O DIU, ou Dispositivo Intrauterino, é um método contraceptivo eficaz e de longa duração que é inserido no útero de uma mulher para prevenir a gravidez. Podemos dizer que existem mais de um tipo desse dispositivo, sendo eles o DIU de Cobre, Prata e Hormonal.
Esses métodos costumam ter uma eficácia de 99% e duram de 5 a 10 anos dependendo do modelo escolhido.
Os chamados implantes contraceptivos hormonais são pequenos dispositivos flexíveis que são inseridos sob a pele do braço de uma mulher para fornecer contracepção de longo prazo.
Esses implantes liberam continuamente hormônios contraceptivos como a progesterona no corpo, proporcionando proteção contra a gravidez por vários anos, geralmente de 3 a 5 anos, dependendo do tipo específico.
As pílulas anticoncepcionais orais sem a presença de estrogênio na composição são uma alternativa.
Essas pílulas contêm apenas o hormônio progesterona , ao contrário das pílulas combinadas que contêm tanto estrogênio quanto progesterona . As pílulas de progesterona são uma opção anticoncepcional adequada para mulheres que não podem ou não desejam usar estrogênio devido às preocupações de saúde, como histórico de trombose.
Além de ser um dos métodos mais eficazes contra a contracepção, o uso de preservativos também pode prevenir contra a contaminação por diversas doenças sexualmente transmissíveis. Além das conhecidas camisinhas masculinas, também é possível encontrar nas farmácias os chamados preservativos internos, ou preservativos femininos.
O diafragma é um método contraceptivo de barreira projetado para cobrir o colo do útero e impedir a entrada dos espermatozoides no útero. É uma opção contraceptiva reversível e controlada pela pessoa, geralmente, usada por mulheres que não desejam ou não podem utilizar métodos contraceptivos farmacológicos.
Quando usado corretamente com espermicida, a taxa de eficácia é de cerca de 88%. No entanto, a eficácia pode diminuir se não for usado de maneira consistente ou se não for inserido corretamente.
A escolha do melhor método contraceptivo deve ser feita por você juntamente com seus médicos ginecologista e vascular, assim, as opções mais adequadas ao seu quadro serão expostas para serem escolhidas.
Seguir um acompanhamento médico é fundamental na prevenção e no diagnóstico precoce de doenças tanto ginecológicas quanto vasculares. Em caso de dúvidas, consulte seu médico de confiança e marque já uma consulta.